E então
Por obra de silêncio
O errado fez-se certo
Até que imagem
se impôs às vozes
Nasceu o remorso
o vento frio
As pragas escondidas
nos cantos
Nos corações
aumentou o medo,
as confusões
Veio a palavra do Outro
Sempre mais forte
Veio a verdade clara
Indescutível
Veio o povo triste
Resmugão
Veio o tempo Rei
A Opressão
Depois cessou
Não veio mais nada
Não veio o vento
Não veio a imagem
A novidade
Todo o tempo
era reprodução
A imagem era familiar
O Silêncio fez-se
Voz de todos
O Outro era Ele
O vento era constante
O certo casou-se com o Rei
Veio o destino
E o novo,
até hoje
Aguarda nos corações.
Felipe Tavares de Araújo
Historiador pela UFRN, poeta e músico.
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