domingo, 15 de janeiro de 2012

O Amor

Ressuscita-me,
nem que seja só porque te esperava
como um poeta,
repelindo o absurdo quotidiano
Ressuscita-me,
nem que seja só por isso!
Ressuscita-me!
Quero viver até o fim o que me cabe!
Para que o amor não seja mais escravo
de casamentos,
salários.
Para que o dia,
que o sofrimento degrada,
não vos seja chorado, mendigado.
Para que doravante
a família seja
o pai,
pelo menos o Universo:
a mãe,
pelo menos a Terra.

Vladimir Vladimirovich Mayakovsk 
(Russo - nasceu na aldeia de Bagdadi, nos arredores de Kertaíssi, na Geórgia)

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